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Médicos acusados de matar para vender corpos na Polônia

Por Agencia Estado
Atualização:

Promotores poloneses ampliaram as acusações em um escândalo de venda de cadáveres que chocou o país, acusando membros da equipe de resgate que trabalhava em uma ambulância de matar cinco pessoas e receber dinheiro de casas funerárias para avisá-las das mortes. Dois médicos foram acusados em 14 homicídios por negligência: eles teriam deixado que pacientes morressem e depois recebido propina das funerárias. Um dos suspeitos, identificado como Andrzej N., foi acusado de matar quatro pacientes com injeções de relaxante muscular, em troca do equivalente a US$ 6.200. Os supostos assassinatos ocorreram entre 2000 e 2001. As investigações tiveram início em 2002, com a suspeita de que equipes de ambulância vinham aceitando propina de casas funerárias, para avisá-las quando houvesse mortes. O serviço público de resgate e primeiros-socorros reconhece a vulnerabilidade do sistema à corrupção, e culpa os baixos salários pagos pelo Estado e a falta de regulamentação da indústria dos funerais, onde empresas praticam uma feroz concorrência pela verba destinada pelo governo para pagar enterros. Caso brasileiro - O Brasil também teve seu caso com a denominada ?Máfia das Funerárias?. No primeiro semestre de 2003, o ex-auxiliar de enfermagem Edson Izidoro Guimarães, do Hospital Salgado Filho, no Rio de Janeiro, foi acusado de matar ao menos 150 pacientes durante seus plantões. Ele usava injeções letais de cloreto de potássio ou simplesmente desligava os aparelhos de oxigênio das vítimas. Após ser preso em flagrante, Izidoro confessou a morte de cinco deles. Ele chegou a alegar que cometia os crimes a pedido dos pacientes: ?Eu escolhia o paciente pela gravidade de seu estado de saúde. Quando via que ele não tinha mais meios de sobrevivência, abreviava o sofrimento?, argumentou à época. Contudo, investigações posteriores descobriram que o enfermeiro, na realidade, recebia entre R$ 800 e R$ 1.000 para informar às funerárias, com antecedência, sobre os cadáveres que estariam à disposição. Izidoro foi preso após uma ação da polícia, que infiltrou investigadores como pacientes nas unidades do Hospital.

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