PUBLICIDADE

Médicos admitem falha no tratamento de Sharon

Líder israelense, que sofreu um derrame cerebral hemorrágico no início de janeiro, recebeu largas doses de anticoagulantes

Por Agencia Estado
Atualização:

Médicos admitiram ter errado no tratamento dispensado ao então primeiro ministro de Israel, Ariel Sharon, após um leve derrame no final de 2005. O líder israelense recebeu largas doses de anticoagulantes, segundo informou uma investigação televisiva feita pela Channel 2 TV transmitida nesta quinta-feira. Sharon está em coma desde que sofreu um derrame cerebral hemorrágico no início de janeiro. Os representantes do Hospital Hadassah, onde o ex-premier está internado, constestaram a reportagem. Eles afirmaram em um comunicado que a interpretação de que os médicos admitiram o erro surgiu "na imaginação do repórter". Ainda no comunicado, o hospital disse que "os elementos que levaram às decisões e ao tratamento eram corretos, e eles (os doutores) repetiriam se necessário". Um dos médicos entrevistados, Dr. Yoram Weiss, apareceu na reportagem falando sobre uma "grande falha" no tratamento de Sharon, que estava no ápice de seu poder político quando sofreu o derrame. A reportagem afirmou que Sharon está em estado vegetativo. Em breve ele deve ser levado à unidade de tratamento de longo prazo do hospital Tel Hashomer, fora de Tel-Aviv. De lá, será encaminhado à sua casa em um rancho no sul de Israel. Especialistas disseram que quanto mais o ex-primeiro ministro ficar em coma, menor são suas chances de recobrar a consciência. Histórico Durante duas semanas, o ex-premier recebeu duas injeções diárias de um poderoso anticoagulante após seu primeiro derrame - considerado mais fraco que o posterior. Ele estava prestes a voltar ao hospital para uma operação cardíaca a fim de corrigir um defeito que possivelmente criou o coágulo causador do derrame leve. O aliado mais próximo de Sharon, Ehud Olmert, assumiu como primeiro ministro. No mês passado, Olmert conduziu o partido Kadima - criado há poucos meses - a uma vitoriosa eleição. Agora ele negocia a criação de um novo governo de coalizão para o país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.