
30 de setembro de 2011 | 17h24
Especialistas em aviação afirmam que os desastres aéreos que são frequentes na Rússia não acontecem apenas por causa da idade da frota comercial, mas também devido a outros problemas como a capacitação deficiente das tripulações e a negligência generalizada na segurança das aeronaves, aspectos que ficaram em segundo plano frente ao lucro. Apenas três aeroportos do país estão equipados com sistemas automáticos modernos de pouso.
"A situação é como se um machado estivesse em cima das nossas cabeças", disse Oleg Smirnov, piloto que recebeu várias condecorações e foi vice-ministro da Aviação durante a era soviética.
"O valor da vida humana deve prevalecer sobre todas as considerações, como o apoio aos fabricantes locais", disse Medvedev. Segundo ele, o governo russo pode colocar um fim nas tentativas de resgatar os fabricantes locais de aviões, que atravessam dificuldades financeiras, e aumentar a compra de aviões no exterior.
Após o último desastre aéreo, Medvedev ordenou às autoridades que suspendessem a maioria das 130 empresas aéreas do país. Ele usou o argumento de que as empresas pequenas tendem a economizar na segurança.
As empresas maiores, como a Aeroflot, retiraram das suas frotas os aviões da era soviética e usam principalmente Boeing e Airbus, que consomem menos combustíveis e cumprem normas europeias referentes a barulho e emissão de poluentes.
As informações são da Associated Press.
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