
11 de janeiro de 2012 | 12h41
"A missão é uma farsa e os observadores têm sido enganados. O governo orquestrou e fabricou a maior parte do que vimos para impedir a Liga Árabe de tomar ações contra o regime", disse Anwar Malek à emissora de televisão Al-Jazeera.
"O que eu vi foi um desastre humanitário. O regime não está cometendo um crime de guerra, mas uma série de crimes contra seu povo", acusou o observador argelino.
O regime presidente sírio Bashar Assad "tem ganhado tempo com a presença dos observadores da Liga Árabe", afirmou Malek. "O regime não atendeu a nenhum dos pedidos", disse. "Na verdade, eles estão tentando nos enganar e nos afastar o que está realmente acontecendo."
O anúncio foi feito depois que dois oficiais do Exército do Kuwait, integrantes da missão, terem ficado "levemente feridos" num ataque realizado na segunda-feira por "manifestantes não-identificados", segundo o Ministério da Defesa kuwaitiano.
Malek acusou o regime sírio de enviar "espiões e funcionários de inteligência junto com nosso grupo, que atuam como motoristas e acompanhantes para obter nossas informações, e assim que deixamos uma área eles atacam as pessoas."
O regime sírio não retirou tanques "das ruas, eles apenas os esconderam e os mandaram de volta assim que partimos".
Os monitores da Liga Árabe estão na Síria desde 26 de dezembro para supervisionar o acordo para proteger os civis do país, onde o regime tem realizado uma sangrenta repressão contra manifestantes da oposição desde meados de março. As informações são da Dow Jones.
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