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Membros de tribo ocupam ministério do Interior do Iêmen--fonte

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Cerca de cem membros armados de uma tribo, leais ao ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh, invadiram neste domingo o prédio do Ministério do Interior na capital do Iêmen, Sanaa, exigindo ser integrados à corporação policial, informou uma autoridade Os homens fizeram alguns funcionários reféns, mas os libertaram horas depois, disse a fonte do Ministério do Interior. O enfrentamento demonstra que o país ainda continua em turbulência, apesar de um acordo de paz pelo qual Saleh deixou o poder depois de meses de protestos contra seus 33 anos no governo. Ele foi substituído em fevereiro por seu vice, Abd-Rabbu Mansour Hadi. A invasão do prédio é também um desafio direto à autoridade de Hadi, que está tentando reestruturar as Forças Armadas e estabilizar o Iêmen, uma nação árabe pobre, na qual a influência de Saleh ainda é grande. A autoridade do Ministério do Interior disse que os membros da tribo são seguidores de Saleh que haviam recebido a promessa de serem integrados à corporação policial em troca de sua ajuda para resolver o impasse sobre as revoltas no ano passado. No entanto, eles não receberam a recompensa. "Ao meio-dia, os homens da tribo, armados, invadiram o prédio do ministério, assumiram o controle do local e subiram ao telhado, com suas armas", disse a autoridade. "Eles se recusam a ir embora enquanto suas reivindicações não forem atendidas." Membros de tribos iemenitas combateram ao lado do governo em uma ofensiva apoiada pelos Estados Unidos contra militantes ligados à rede al Qaeda. A ação levou à expulsão dos insurgentes de várias cidades no sul do país no mês passado. Muitos combatentes tribais também se alinharam a Saleh, que foi derrubado por um levante popular. No Iêmen, membros de tribos descontentes com o governo costumam sequestrar estrangeiros e explodir oleodutos e gasodutos, como forma de pressão para que suas reivindicações sejam atendidas. Em abril, militares e membros de tribos leais a Saleh forçaram o principal aeroporto do país a fechar por um dia, durante um protesto contra a destituição do comandante da Força Aérea, um meio-irmão de Saleh. (Reportagem de Mohammed Ghobari)

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