Depois de nove meses desaparecida, Elizabeth Smart, uma menina de 15 anos, voltou para casa. Ela foi encontrada, viva e saudável, caminhando com um andarilho que, segundo Mary Katherine, irmã de Elizabeth, pode ser o seqüestrador. Enquanto os pais da menina abraçavam a filha, o andarilho e sua mulher eram indiciados pela polícia, que busca resposta para as perguntas: como Elizabeth foi capturada? Para onde foi? O que a impediu de pedir socorro, mesmo enquanto andava calmamente pela rua, a poucos quarteirões de casa? ?Ela disse que não tinha jeito, que havia duas pessoas com ela o tempo todo?, disse Chris Thomas, porta-voz da família Smart. O pai, Ed Smart, disse que ainda não pediu detalhes à filha. ?Fisicamente, ela está OK?, ele disse à TV CBS. ?Eu sei que ela passou por uma lavagem cerebral . Para ela, ter atravessado os últimos nove meses foi horrível, totalmente horrível?. A polícia do subúrbio de Sandy, em Salt Lake City, prendeu Brian Mitchell, um autoproclamado ?profeta dos sem-teto? que trabalhou por um tempo na casa dos Smart, e sua mulher, Wanda Barzee. Os policiais foram alertados por telefonemas de pessoas que diziam ter visto um homem e duas mulheres vestindo panos encharcados e carregando cobertores e sacolas. Elizabeth, Barzee e Mitchell, também conhecido como Emmanuel, estavam todos usando perucas quando foram detidos, informam as autoridades. A filha de Barzee, Louree Gayler, tinha 12 anos quando sua mãe se casou com Mitchell. Ela disse que os dois rezavam o tempo todo, e queriam que ela fizesse o mesmo. Louree não gostou e foi viver com o pai. ?Pode ter havido um pouco de lavagem cerebral, eles eram muito bons nisso?, ela disse à TV NBC. ?Ou pode ter havido drogas?. Perguntada se seu padrasto cometia abusos sexuais, Louree disse que havia ?abraços, beijos que eram meio forçados?. O pai, Ed Smart, reencontrou a filha na delegacia. ?É um milagre. Eu a abracei, abracei-a todo o caminho para casa?, disse ele, chorando. Um tio de Elizabeth, Dave Smart, disse que a menina parecia malnutrida. A mãe de Elizabeth, Lois Smart, disse ter conhecido Mitchell no centro de Salt Lake City, quando ele lhe pediu dinheiro. Ela lhe deu US$ 5 e o contratou para ajudar no conserto do telhado da casa, em novembro de 2001. Ele trabalhou na casa por cinco horas. Sete meses depois, Elizabeth desapareceu. A polícia inicialmente suspeitou de outro empregado contratado dos Smart, Richard Ricci, que negou envolvimento no crime. Ricci morreu na prisão em agosto, depois de cometer uma violação de condicional.