Menina sequestrada na Nigéria pelo Boko Haram há mais de dois anos é encontrada

Amina foi achada por um membro do grupo de vigilância civil nas margens da floresta de Sambisa; ela é uma das 276 meninas raptadas em abril de 2014 por frequentar aulas comuns

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Por Redação
Atualização:

MAIDUGURI, NIGÉRIA - Uma das 200 meninas sequestradas em Chibok há mais de dois anos pelo grupo jihadista Boko Haram foi encontrada sã e salva em uma floresta do norte da Nigéria, informou nesta quarta-feira, 18, o porta-voz da Comunidade de Chibok, Manasseh Allen.

A adolescente Amina, que já foi identificada por sua mãe, foi achada por um membro do grupo de vigilância civil nas margens da floresta de Sambisa, principal refúgio dos islamistas nigerianos.

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Posteriormente, foi levada para que sua mãe e o vice-diretor da escola de Chibok da qual foi sequestrada em abril de 2014 a reconhecessem. Ambos confirmaram sua identidade.

Fontes da Comunidade asseguram que a menor foi encontrada com um bebê de poucos meses que poderia ser seu filho.

Amina é uma das 276 meninas que foram sequestradas durante a madrugada de 14 de abril de 2014 enquanto dormiam na escola como represália por frequentar aulas comuns. Para o Boko Haram, receber uma educação fora das escolas islâmicas é uma traição aos valores do Islã.

Após várias informações falsas sobre supostos resgates, 218 meninas ainda permanecem desaparecidas.

Organizações internacionais calculam que o Boko Haram tem em seu poder milhares de mulheres e meninas, mas nenhuma delas ganhou tanta repercussão como as de Chibok, transformadas em um símbolo por campanhas em redes sociais iniciadas por personalidades famosas.

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Boko Haram, cujo nome costuma ser traduzido como "a educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico no nordeste da Nigéria por meio de uma campanha de terror. Um de seus principais objetivos é o sistema educacional.

Ao longo de mais de 6 anos de conflito, o grupo assassinou mais de 12 mil pessoas, segundo estimativas governamentais, e obrigaram mais de 2,5 milhões de pessoas a fugirem de suas casas. /EFE

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