Menino equatoriano ganha cirurgia cerebral de Natal

Jair Lynch, de 12 anos, passará por uma cirurgia avaliada em mais de US$ 120 mil

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Por Agencia Estado
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Uma família equatoriana vai ganhar como presente neste Natal a operação de seu filho Jair Lynch, de 12 anos, que sofre um tumor cerebral, e que será realizada gratuitamente no Hospital da Universidade de Nova York (EUA). Jair, sentado entre seus pais e um pouco temeroso, não pôde evitar o choro quando seus pais contaram à imprensa os detalhes de seu caso e o complicado processo para chegar aos Estados Unidos, onde será submetido à intervenção cirúrgica, com um custo superior a US$ 120 mil. Para Margarita Delgado e seu marido, Jack, esse será o melhor presente de Natal. O pai, um pedreiro radicado há 20 anos em Nova York, afirma que não há dias especiais para milagres. "Não acho que para Deus haja uma época especial para fazer milagres. Para Deus qualquer momento é bom", disse Lynch, cuja mulher, professora de inglês em seu país, chegou com o filho no domingo a Nova York. Uma tomografia em 20 de outubro revelou que Jair tem um tumor em sua cabeça, explicou sua mãe. Ele sofreu uma forte infecção em abril, que foi tratada com antibióticos. Depois começou a apresentar dores de cabeça e vômitos. Mas os exames de rotina não revelaram nada anormal até que seu pediatra optou pela tomografia. Os médicos informaram à mãe que, devido à complexidade da intervenção, ela não podia ser feita no Equador. O menino, que nesta quarta-feira completou 12 anos, deveria ser levado aos Estados Unidos. "Quando recebi o diagnóstico, eu me senti muito mal, porque é o menos se espera. Sempre se espera o melhor, que seja algo fácil de curar", disse Margarita, mãe de três filhos. O mais velho tem 17, e o mais novo, de 9, ficou sob os cuidados da avó. Imediatamente, lembrou, começou a luta para levar Jair aos EUA. O processo foi complicado, porque o pai não vive no Equador. "Foi uma corrida contra o tempo que levou cerca de dois meses", comentou Margarita, lembrando os momentos de "desespero e desalento". "Cheguei a pensar que não seria possível, porque cada vez havia um novo obstáculo. Mas uma mãe, quando sabe que é a única oportunidade, tira forças de onde não tem, porque é uma briga na qual não pode se render", argumentou. Margarita e Jack Lynch tiveram que enfrentar muitos obstáculos por parte do Governo dos EUA para conseguir a permissão para viajar. Mas receberam o apoio da Fundação Internacional do Imigrante, da senadora Hillary Clinton, e do Hospital da Universidade de Nova York.

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