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Mentor de atentados em Nova York era ´playboy´ em Manila

Segundo imprensa, Mohamed se apresentava como xeque nas casas noturnas

Por Agencia Estado
Atualização:

"Terrorista de dia e playboy de noite" é o perfil traçado pela polícia filipina para o paquistanês Khalid Sheikh Mohamed, que esteve nas Filipinas em meados da década passada, antes de organizar os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, que confessou esta semana na base de Guantánamo. Segundo a imprensa filipina, que cita a polícia, Mohammed era um freqüentador da noite de Manila, onde costumava ir a casas noturnas e se apresentar como um rico xeque. De acordo com o jornal Philippine Daily Inquirer, Mohammed, por volta de 1994, paquerou uma dentista filipina, que ele tentou impressionar voando num helicóptero alugado sobre a clínica onde ela atendia. A polícia afirma que Mohammed foi pela primeira vez a Manila em 1993, depois do ataque contra o World Trade Center. Estava acompanhado de um sobrinho, Ramzi Yousef, que está preso nos EUA. Entre 1993 e 1994, os dois teriam se dedicado a experimentar uma "bomba líquida". Foram pelo menos cinco explosões de teste, quatro em bairros populares de Manila e uma na cidade de Cebu. A fonte diz que o "teste" mais sangrento foi feito em dezembro de 1994, a bordo de um avião da Philippine Airlines que ia a Narita (Japão). Um passageiro morreu e cinco foram feridos. A polícia afirma que até 2000 o líder da Al-Qaeda continuou entrando e saindo de Manila, onde um escritório comercial servia de fachada para suas operações terroristas.

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