Merkel diz estar otimista com conclusão de negociação de coalizão na Alemanha

Partido da chanceler espera que as negociações com social-democratas sejam concluídas até 4 de fevereiro

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Por Redação
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BERLIM - A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta sexta-feira, 26, estar otimista com o desfecho rápido das negociações entre seu partido, a União Democrata Cristã (CDU) e o Partido Social-Democrata (SPD) para formar uma coalizão de governo na Alemanha.

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“Vamos tentar concluir as conversas rapidamente”, disse Merkel. “A população espera que encaminhemos a formação do governo.” O CDU espera que as negociações sejam concluídas até 4 de fevereiro, segundo o porta-voz da legenda Michael Grosse-Brömer, após uma primeira reunião com o SPD. 

Angela Merkel e Martin Schulz anunciam acordo de princípios para formação de governo alemão Foto: AFP PHOTO / dpa / Kay Nietfeld

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Os social-democratas aceitaram no domingo negociar um acordo detalhado para formar uma nova "grande coalizão" com os conservadores de Merkel.Caso as conversas tenham um final positivo, Merkel poderá iniciar o quarto mandato à frente da maior potência econômica europeia. 

A chanceler expressou o desejo de concluir as negociações até 11 de fevereiro. Mas as divergências que persistem entre os social-democratas e os conservadores, assim como as profundas divisões dentro do SPD a respeito da repetição da aliança com o partido da chanceler, podem prolongar os debates. 

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A impaciência começa a ser percebida no país. “Sentimos que a população na Alemanha espera agora, mais de quatro meses depois das eleições legislativas, a instauração de um novo governo”, declarou esta semana o presidente Frank-Walter Steinmeier.

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As últimas eleições, marcadas pelo avanço da extrema-direita e o retrocesso dos grandes partidos tradicionais, impediram uma maioria clara na Câmara Baixa do Parlamento e deixaram um país em uma situação de bloqueio inédita.  Merkel, que não conseguiu formar um governo entre conservadores, liberais e ecologistas em novembro, não pode fracassar novamente com os social-democratas. /AFP

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