20 de dezembro de 2016 | 09h15
BERLIM - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta terça-feira, 20, que acredita que o incidente em uma feira natalina em Berlim, que deixou 12 mortos no dia anterior, foi um ataque terrorista, acrescentando que será difícil suportar caso um imigrante tenha sido o autor da ação.
"Há muito que ainda não sabemos com certeza suficiente, mas precisamos, da forma que as coisas estão agora, presumir que foi um ataque terrorista", disse Merkel a repórteres. "Sei que seria especialmente difícil para nós suportarmos isso caso seja confirmado que a pessoa que cometeu este ato era alguém que buscou proteção e asilo", acrescentou. Merkel prometeu que cada detalhe do incidente será esclarecido, e que o agressor será punido com força total da lei.
A chanceler ainda rejeitou a ideia de viver "com medo" após o ataque em Berlim. "Embora neste momento pareça difícil, encontraremos a força para viver a vida que queremos na Alemanha: livre, aberta e em convivência."
Para o ministro do Interior da Alemanha, Thomas De Maizière, não há mais dúvidas de que o incidente foi um ataque. "Não temos mais qualquer dúvida de que este terrível evento na noite de ontem foi um ataque", disse ele durante entrevista coletiva em Berlim. O ministro acrescentou que ninguém do Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque até o momento.
A polícia de Berlim aumentará significativamente as medidas de segurança nos próximos dias, com a construção de barreiras, disse o chefe da polícia da cidade. Uma autoridade de Berlim também afirmou que os planos para a véspera de Ano Novo irão continuar, mas os procedimentos de segurança serão revistos. / REUTERS e EFE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.