BERLIM - A chanceler alemã, Angela Merkel, realiza na sexta-feira conversas preliminares para formação de uma coalizão com os Social-Democratas (SPD). Os Verdes também foram convidados e vão enviar representantes para as negociações.
O SPD é visto como mais provável parceiro de Merkel, mas seus dirigentes disseram nesta segunda-feira, 1, que não vão apressar-se para entrar num acordo, dando a entender que o processo de formação de um novo governo pode estender-se até janeiro.
Da parte dos Verdes, as condições básicas para uma coalização seriam garantir investimento de 10 bilhões de euros em educação, um plano para expandir a energia verde ou a imposição de um salário mínimo para o país.
Nas eleições de setembro, os social-democratas tiveram 25,7% dos votos e os Verdes 8,4%. A Esquerda, quarta colocada (8,6%), não é vista opção para formar uma coalizão porque suas diferenças com a CDU são consideradas sem solução.
Os parceiros europeus da Alemanha estão acompanhando de perto as manobras para a formação da coalizão de governo em Berlim, temerosos de que atrasos possam retardar amplas decisões na União Europeia sobre importantes medidas de combate a crises, como o ambicioso projeto de união bancária.
"Ninguém pode dizer quando poderemos chegar ao ponto em que um governo poderá ser formado. Poderia ser em dezembro ou janeiro", disse a secretária-geral do SPD Andrea Nahles. "Não vamos nos apressar."
Há uma forte resistência entre os membros do SPD a entrar em outra "grande coalizão" com Merkel, já que eles fizeram parte do governo no primeiro mandato dela e, depois, acabaram amargando em 2009 seu pior resultado eleitoral no pós-guerra. / REUTERS e EFE