Mesmo após pacote econômico, produtos desaparecem dos supermercados da Venezuela
Praticamente nenhum dos 25 itens da cesta básica estavam disponíveis em Caracas e cidades próximas; situação também é vista em diversas farmácias do país
Em vários supermercados de Caracas, os freezers que deveriam expor carne bovina estavam completamente vazios. Apenas alimentos processados, como hambúrgueres, estavam disponíveis.
Inflação: Quanto se gasta para fazer compras na Venezuela
1 / 13Inflação: Quanto se gasta para fazer compras na Venezuela
Queijo: 7,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 1,14 e foi registrado em um mini-mercado em Caracas, capital da Venezuela, em 16 de agosto. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pacote de absorventes: 3,5 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado na vizinhança de Catia, em Caracas, e corresponde a US$ 0,53. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um quilo de arroz: 2,5 milhões de bolívares
O preço corresponde a US$ 0,38 e foi registrado em 16 de agosto, na capital Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
500 g de margarina: 3 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado informal na vizinhança de Catia, de baixa renda, em Caracas. O custo do produto corresponde a US$ 0,46. Foto:
1 quilo de cenouras: 3 milhões de bolívares
O custo corresponde a US$ 0,46 e foi registrado em um mercado informal em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de farinha de milho: 2,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 0,38. O registro foi feito no dia 16 de agosto, em um mercado de Catia, região de baixa renda em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Sabonete: 3,5 milhões de bolívares
No dia 16 de agosto, o preço foi registrado em um mini-mercado da capital venezuelana. O preço corresponde a US$ 0,53. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Pacote de fraldas: 8 milhões de bolívares
O custo equivale a US$ 1,22 e foi registrado no dia 16 de agosto, em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
2,4 quilos de frango: 14,6 milhões de bolívares
O preço é o equivalente a US$ 2,22 e seu registro foi realizado no dia 16 de agosto. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um rolo de papel higiênico: 2,6 milhões de bolívares
O preço foi registrado em um mini-mercado informal de um bairro de baixa renda, em Caracas. O valor corresponde a US$ 0,40. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de macarrão: 2,5 milhões de bolívares
O valor é equivalente a US$ 0,38 e foi registrado no dia 16 de agosto, em um mini-mercado informal. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de carne vermelha: 9,5 milhões de bolívares
O preço equivale a US$ 1,45 e foi registrado em mercado informal de Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
1 quilo de tomates: 5 milhões de bolívares
Preço é o equivalente a US$ 0,76 e foi registrado em um pequeno mercado informal no bairro de Catia, em Caracas. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Um açougueiro que preferiu não se identificar disse que a loja para a qual trabalha não está recebendo produtos e que não está claro quando eles voltarão a ser entregues.
A escassez de alimentos é geral e evidente. Nas prateleiras de artigos não perecíveis que não estão vazias, há poucos produtos importados que ocupam quase todo o espaço.
O ministro da Indústria e da Produção Nacional, Tareck El Aissami, disse que a regulação dos preços foi adotada pelo governo após um acordo com as 33 maiores agroindústrias do país. Os empresários negam e dizem que os valores foram impostos por Maduro.
Nas redes sociais, vários venezuelanos divulgaram na segunda-feira imagens das prateleiras vazias em supermercados de diferentes regiões do país, um fenômeno paralelo à queda de preços ordenada pelo governo. A situação se repete nas farmácias do país.
Em um discurso em rede nacional de televisão e rádio, Maduro disse que as medidas trarão recuperação econômica no curto prazo. Segundo o presidente, o plano é "justo e pertinente" e conta com o apoio da população venezuelana para ser aplicado plenamente. / EFE