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Mesmo com sanções, Irã diz que não irá finalizar programa

Conselho de Segurança da ONU prepara novas medidas contra projeto nuclear

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, lançou nesta quarta-feira, 13, um desafio às potências mundiais que se preparam para finalizar novas sanções contra Teerã, dizendo que o país não vai se render e que esta ação apenas aumenta a distância diplomática entre as partes. "Vocês todos sentam juntos e trocam papéis", disse Ahmadinejad em um comício na província de Yazd, transmitido ao vivo pela TV estatal. "Mas vocês estão errados. Vocês estão isolando vocês mesmos", disse ele. "Se vocês pensam... que podem fazer a nação iraniana se render, vocês estão errados". O Irã está envolvido em uma crescente disputa com o Ocidente devido ao seu programa nuclear, que Washington e outros suspeitam ser um disfarce para planos de construir armas atômicas, acusação que Teerã nega. As seis principais potências - Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China - consideram endurecer as sanções contra o Irã por se recusar a suspender o enriquecimento de urânio, que pode ser usado tanto para a construção de bombas como para fins pacíficos. Nenhuma data para a votação das novas sanções foi estabelecida, mas enviados do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) esperam que ela possa acontecer ainda neste fim de semana. A resolução segue-se à adotada pelo Conselho de Segurança da ONU em 23 de dezembro, que impôs sanções comerciais a materiais nucleares e tecnologia e congelou bens de iranianos, grupos e empresas. Entre as novas medidas deve estar um embargo à exportação de armas convencionais iranianas e proibição a novos compromissos para empréstimos do governo, disseram diplomatas da ONU. Ahmadinejad deixou claro que o Irã não vai interromper o enriquecimento de urânio. "A nação iraniana vai defender completamente todos os seus direitos".

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