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Mesquita na Inglaterra pode ser base de terroristas

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma mesquita de Brixton, ao sul de Londres, é utilizada como base de operações para supostos terroristas islâmicos, informou hoje a Scotland Yard. Richard Reid, detido no sábado ao tentar acionar um explosivo escondido nos sapatos dentro de um avião; Zacarías Moussaoui, suspeito de vínculos com os atentados de 11 de setembro e um cidadão terrorista do Yêmen haviam utilizado esta mesquita para planejar suas atividades, garantiu a polícia britânica. O diretor do centro religioso muçulmano, Abdul Haqq Baker, disse temer que outros cidadãos britânicos tenham sido treinados neste lugar para cometer atos terroristas. Abdul Haqq advertiu que os extremistas declaram guerra aos EUA e ao Reino Unido. "Aqueles que têm idéias terroristas acreditam que este seja um lugar para a guerra?, disse Baker, acrescentando que "uma vez que se define um lugar como ?de guerra?, podem ser utilizados certos artifícios como esconder a própria identidade, fazer espionagem e roubar. Tudo é possível?. As forças antiterroristas inglesas informaram que temem que jovens muçulmanos tenham sido treinados para cometer atos terroristas como Abu Qatada, mais conhecido como o embaixador de Osama Bin Laden na Europa; Abu Hamza, um muçulmano radical e o xeque Omar Bakri Mohammed, líder do grupo terrorista Al-Muhajiroun. "Nesta mesquita temos muitos convertidos e ex-convertidos ao Islã", declarou Abdul Haqq Baker. A Scotland Yard informou que está investigando as atividades de Haqq e de vários membros da mesquita que podem ter vínculos diretos com atentados que ameaçariam a segurança do Reino Unido e dos Estados Unidos. A mesquita de Brixton se encontra num local central de Londres e abriga uma dezena de jovens muçulmanos de diversas culturas e raças, desde paquistaneses a árabes, passando por filipinos. "Qualquer pessoa pode se aproximar da mesquita e rezar", declarou Haqq. "Alguns podem criar círculos de estudos do Alcorão. Abu Qatada e Abu Hamza falavam muito bem o árabe e podiam ler textos sagrados em árabe e mentir sobre seu significado", acrescentou. Leia o especial

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