Mexicanos antiaborto recorrem ao grupo de Direitos Humanos

Para conservadores, câmara municipal não tem poderes para limitar os direitos do ser humano, por isso as reformas aprovadas são inconstitucionais

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Por Agencia Estado
Atualização:

Líderes do conservador Partido da Ação Nacional (PAN) na capital mexicana pediram na quarta-feira, 25, à Comissão de Direitos Humanos do Distrito Federal (CDHDF) que apresente à Suprema Corte um recurso contra a reforma aprovada na terça-feira que descriminaliza o aborto na cidade. A presidente do PAN na Cidade do México, Mariana Gómez del Campo, enviou uma carta ao órgão. Ela argumentou que a câmara municipal "não tem poderes para limitar os direitos do ser humano, por isso as reformas aprovadas são inconstitucionais". "Para o PAN a proteção e a defesa da vida constituem um princípio básico de atuação, como estabelece a Constituição", destaca a carta. Além disso, Gómez argumenta que a CDHDF é a instituição apropriada para entrar com uma ação de inconstitucionalidade na Suprema Corte, porque é "responsável por salvaguardar os direitos inerentes à natureza humana". A Assembléia Legislativa do Distrito Federal (ALDF), dominada por partidos de esquerda, aprovou na terça-feira a descriminalização na capital mexicana do aborto até as 12 semanas de gestação, com 46 votos a favor, 19 contra e uma abstenção. A reforma legal elevou a tensão política e social no México nas últimas semanas, criando confrontos entre conservadores e progressistas em todo o país.

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