CIDADE DO MÉXICO - A Federação Internacional de Jornalistas (FIP, na sigla em espanhol) informou neste domingo, 31, que o México fechou 2017 como o país mais perigoso para exercer o jornalismo. De acordo com a FIP, foram 13 jornalistas assassinados – recorde no país.
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Em segundo lugar estão Iraque e Afeganistão, com 11 jornalistas mortos. No mundo inteiro, 81 profissionais (73 homens e 8 mulheres) foram assassinados no exercício da profissão em 2017 – um número menor do que no ano passado, quando 93 jornalistas morreram.
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"No México e na Síria, o número de jornalistas mortos é assustador", disse Anthony Bellanger, secretário-geral da FIP. "Este ano, mais mulheres jornalistas foram mortas e a impunidade ligada a esses crimes é superior a 90%."
Outra queixa da FIP é com relação à censura e à repressão de governos contra a atividade jornalística. "Nunca tantos jornalistas foram presos como nos últimos anos", disse Bellanger. De acordo com a organização, 250 jornalistas foram presos em 2017.
A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) também divulgou um relatório neste domingo que coloca o México como o país mais perigoso do mundo para jornalistas, mas com números ligeiramente diferentes: foram 12 profissionais mortos. Pelas contas da RSF, a liderança mexicana é dividida com a Síria. / REUTERS