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México extradita líder do cartel de Tijuana para os EUA

Por AE
Atualização:

Benjamín Arellano Félix, considerado o líder do cartel de Tijuana, foi extraditado hoje para os Estados Unidos, para responder a um processo por narcotráfico. A Procuradoria Geral da República (PGR) do México informou em comunicado que ele foi entregue a autoridades norte-americanas.Junto com vários de seus irmãos, Félix liderou a partir da década de 1980 o cartel de Tijuana. Ele foi detido em 2002, no Estado de Puebla, no centro do México. O narcotraficante é um dos mais importantes já extraditados pelo governo do presidente Felipe Calderón, que mantém uma ofensiva contra os cartéis desde que assumiu o poder, em dezembro de 2006. Com a entrega de Félix, o México já extraditou 415 pessoas para os EUA durante o governo Calderón.A Procuradoria lembrou que Félix era condenado por um tribunal na Califórnia por delitos contra a saúde, associação para delinquir, lavagem de dinheiro e crime organizado. Também notou que o cartel controlou até a década de 1990 o tráfico de cocaína, maconha e outras substâncias que entravam nos EUA através das fronteiriças cidades mexicanas de Tijuana e Mexicali."Benjamín Arellano Félix foi considerado como o cérebro operacional e financeiro da organização Arellano Félix, pois foi o homem por trás do cartel durante o auge da agrupação, mediante a distribuição das drogas", afirmou a Procuradoria. "Era também ele quem se encarregava da manutenção da família".O cartel de Tijuana sofreu nos últimos anos vários golpes, tanto com a detenção como com a morte de alguns dos irmãos. Um mês antes da prisão de Félix, em março de 2002, seu irmão Ramón morreu em confronto com policiais em Mazatlán, no norte do México. Autoridades dizem que esse cartel, com menos força há uma década, é atualmente encabeçado por Fernando Sánchez Arellano, conhecido como "O Engenheiro" e sobrinho de Félix. A Procuradoria oferece uma recompensa de até 30 milhões de pesos (US$ 2,5 milhões) pela prisão de Fernando.Diversas regiões do México sofrem nos últimos anos com a violência atribuída aos cartéis do narcotráfico. Mais de 34.600 pessoas morreram por causa da violência no país desde o fim de 2006. As informações são da Associated Press.

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