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México fará consulta publica para decidir se investiga ex-presidentes

A consulta popular será realizada no dia 1º de agosto e o presidente López Obrador pretende saber, com ela, se a população quer investigar seus antecessores no cargo:

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Por Redação
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CIDADE DO MÉXICO - O governo mexicano publicou na quinta-feira, 17, no Diário Oficial da Federação (DOF), a lei para realizar a consulta pública sobre a investigação e julgamento dos ex-presidentes do período neoliberal proposto pelo atual líder, Andrés Manuel López Obrador.

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A consulta popular será realizada no dia 1º de agosto e o presidente López Obrador pretende saber, com ela, se a população quer investigar seus antecessores no cargo: Carlos Salinas de Gortari (1988-1994), Ernesto Zedillo (1994-2000), Vicente Fox (2000-2006), Felipe Calderón (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018).

Embora a pergunta original mencionasse os ex-presidentes pelo nome e pedisse para investigar a "suposta comissão de crimes", a Supremo Corte de Justiça da Nação (SCJN) alterou a questão em uma polarizada votação em outubro do ano passado.

Enrique Peña Nieto cumprimenta o novo presidente do México, Andrés Manuel Lopez Obrador, durante a cerimônia de posse no Congresso Foto: Ronaldo Schemidt/AFP

"Você concorda que sejam realizadas ações de acordo com o marco jurídico para esclarecer as decisões políticas tomadas no passado pelos atores políticos e para garantir a justiça e os direitos das possíveis vítimas?" é a questão autorizada pela Suprema Corte.

O governo mexicano defende que seja mantido o propósito da consulta popular, a primeira a ser realizada em todo o país. 

"É um instrumento de participação pelo qual os cidadãos, pelo do voto livre e secreto, determinarão se devem ou não iniciar uma investigação contra ex-presidentes da República, e se forem encontradas provas, julgá-los", disse Ramírez Cuevas.

A consulta gerou críticas pelo custo, inicialmente estimado em 1,5 bilhão de pesos (cerca de US$ 75 milhões), mas agora, com ajustes, será de 890 milhões de pesos (US$ 44,5 milhões), de acordo com o Instituto Nacional Eleitoral (INE)./EFE

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