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México: Obrador pede em carta que Calderón aceite nova apuração de votos

O candidato de esquerda afirmou que caso seu adversário aceite a recontagem ele se conformará com os resultados

Por Agencia Estado
Atualização:

O candidato esquerdista à Presidência do México, Andrés Manuel López Obrador, enviou nesta segunda-feira uma carta ao conservador Felipe Calderón para que aceite a recontagem dos votos da eleição de 2 de julho, em troca do reconhecimento dos resultados. "Se o senhor se pronunciar a favor da apuração de todos os votos" e o Tribunal Eleitoral Federal "ordenar esta diligência, eu ofereço o compromisso de aceitar os resultados se este favorecerem o senhor e de não convocar mais mobilizações", diz López Obrador na carta divulgada à imprensa. López Obrador, que, segundo a apuração oficial, ficou em segundo lugar por uma diferença mínima de votos, garante que no pleito houve fraude e que, por causa disso, contestou os resultados. A validade da eleição está nas mãos do Tribunal Eleitoral, que tem que resolver as impugnações antes de 31 de agosto e tem até 6 de setembro para proclamar quem é o presidente eleito. "O mais conveniente para o México é que ambos aceitemos a apuração dos votos e nos comprometamos a respeitar os resultados", diz López Obrador na carta, de três folhas e meia. Calderón rejeitou a recontagem total dos votos porque, para ele, os quase um milhão de cidadãos que trabalharam nas mesas eleitorais já fizeram isso e porque uma nova apuração implica legalmente a anulação do pleito. Negociação política O Governo mexicano descartou nesta segunda-feira a possibilidade de uma "negociação política" para resolver a controvérsia gerada pela impugnação das últimas eleições presidenciais, que a esquerda considera "fraudulentas". O porta-voz presidencial, Rubén Aguilar, disse que corresponde ao Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) resolver as queixas dos partidos políticos sobre as eleições de 2 de julho e anunciar o presidente eleito, o que deverá ocorrer em 6 de setembro, no máximo. O presidente eleito deverá tomar posse em 1º de dezembro para um mandato de seis anos, segundo a lei mexicana.

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