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México oferece asilo político para Evo Morales

A embaixada mexicana em La Paz deu abrigo a funcionários e parlamentares alinhados ao governo de Evo nos últimos dias

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Por Redação
Atualização:

México ofereceu asilo político ao ex-presidente Evo Morales, que renunciou  à presidência da Bolívia neste domingo, 10. A embaixada mexicana em La Paz deu abrigo a funcionários e parlamentares alinhados ao governo de Evo nos últimos dias, informou o chanceler mexicano Marcelo Ebrard.

Presidente boliviano Evo Morales durante comunicado à imprensa, anunciando que convocará novas eleições gerais. Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

"O México, conforme sua tradição de asilo e não intervenção, recebeu 20 personalidades do Executivo e do legislativo da Bolívia na residência oficial em La Paz, de modo que ofereceríamos asilo também a Evo Morales", escreveu Ebrard em sua conta no Twitter.

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Em uma mensagem anterior, Ebrard denunciou que na Bolívia "há uma operação militar em curso" e classificou o ocorrido de "golpe". 

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, elogiou Evo no Twitter por ter renunciado para apaziguar a conturbada situação na Bolívia, abalada por manifestações opositoras, um motim de policiais e o pedido de militares para que renunciasse

"Reconhecemos a atitude responsável do presidente da Bolívia, Evo Morales, que preferiu renunciar a expor seu povo à violência", escreveu López Obrador.

Obrador disse que em sua coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira dará uma posição mais ampla sobre a situação na Bolívia. Pela manhã, em um vídeo nas redes sociais, havia apoiado as novas eleições convocadas por Evo. 

No poder desde 2006, Evo Morales era o presidente latino-americano há mais tempo no poder. Ele renunciou após uma escalada de tensão desde 20 de outubro, quando venceu as eleições sob acusações de fraudes. A Organização dos Estados Americanos (OEA), que fez uma auditoria no processo eleitoral, afirmou haver numerosas irregularidades no processo eleitoral.

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Na manhã de domingo, Evo havia anunciado que convocaria novas eleições. Mas no fim da tarde, menos de uma hora depois de ele perder o apoio das Forças Armadas, comunicou a renúncia. 

“Eu me demiti do cargo de presidente para que não continuem perseguindo os líderes sociais. Não queremos confrontos”, afirmou Evo, ao dizer que pretendia, com seu ato, a “pacificação” e a “volta da paz social” ao país. / AFP

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