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México oferece recompensa de US$ 2 milhões por líderes do tráfico

Por AFP e REUTERS E AP
Atualização:

A dois dias da visita ao país da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, a procuradoria- geral mexicana ofereceu ontem uma recompensa de US$ 2 milhões por informações que levem à captura de cada um dos 24 mais importantes traficantes do país. O governo do presidente Felipe Calderón prometeu ainda US$ 1 milhão pela cabeça de outros 13 testas-de-ferro de grupos ligados ao tráfico. O diário oficial mexicano publicou ontem uma lista com os nomes dos 24 chefes dos seis maiores cartéis do país. De acordo com a publicação, a quantia milionária será paga àquele que conceder "informações úteis, verdadeiras e oportunas que auxiliem eficientemente na localização e detenção de cada uma das 24 pessoas mais procuradas do México". Na lista estão Joaquín "El Chapo" Guzmán e Ismael Zambada, líderes do cartel de Sinaloa. Entre os mais procurados estão ainda os líderes do grupo dos irmãos Beltrán Leyva e dos irmãos Carrillo Fuentes, ambos dissidências do cartel de Sinaloa, e os chefões do bando La Familia, que surgiu a partir do cartel do Golfo. Segundo Ricardo Najera, porta-voz do Ministério da Justiça, a recompensa é a maior já oferecida pelo governo. Pela cabeça de alguns traficantes, como Guzmán e Zambada, os EUA já oferecem um prêmio de US$ 5 milhões. George Grayson, especialista em política mexicana do College of William and Mary, afirma que o gesto de Calderón é uma tentativa de mostrar serviço pouco antes da chegada de Hillary e a um mês da visita oficial do presidente dos EUA, Barack Obama, programada para abril. "O governo mexicano tem tentado defender-se das acusações de que o México é um Estado falido, no qual os cartéis controlam cada vez mais regiões", disse Grayson. "A recompensa é uma ampliação da política de Calderón, mas tem também relação com a visita do presidente americano.

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