México pede que cemitérios fechem antes de 'Dia dos Mortos' por medo de volta do coronavírus

Celebração tradicional no início de novembro aumenta fluxo de pessoas em cemitérios e praças públicas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

CIDADE DO MÉXICO - O governo do México está pedindo que os cemitérios fechem para visitantes públicos antes do feriado do Dia dos Mortos, uma data que normalmente atrai centenas de milhares de pessoas de toda a nação, enquanto as autoridades lutam para evitar outra onda de infecções de coronavírus.

PUBLICIDADE

A celebração de 1º e 2 de novembro mistura rituais católicos e a crença pré-hispânica de que os mortos voltam uma vez por ano do submundo. Fiéis lotam cemitérios e praças públicas nestes dias.

Antes do feriado, a maioria dos cemitérios ficará fechada, já que estes “se tornam áreas de alto risco de contágio”, disse o vice-ministro da Saúde, Hugo López-Gatell na terça-feira. “A recomendação é evitar multidões.”

Imagem de adereços típicos do Dia dos Mortos no México Foto: EFE/ David Guzmán

Um surto em um casamento elegante em Mexicali, cidade fronteiriça do norte, foi um lembrete ao país do risco das aglomerações – as autoridades municipais disseram que mais de 100 das várias centenas de convidados contraíram o vírus.

López-Gatell acrescentou que as hospitalizações de covid-19 aumentaram nos últimos dias, o que reverteu uma tendência de queda iniciada no final de julho. Ele deu a entender que a detecção mais rápida do vírus pode ser responsável pelo aumento. “Temos sinais inicias de um aumento da pandemia”, disse.

A Cidade do México, a maior metrópole do país, alertou que restrições mais rigorosas podem estar a caminho se a tendência de alta das hospitalizações persistir na capital.

De acordo com um levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, o México teve 860.714 casos de covid-19 e 86.893 mortes. O país tem o quarto maior número de óbitos do planeta, atrás de EUA, Brasil e Índia. / Reuters 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.