
25 de março de 2009 | 15h51
Huerta era um dos 13 nomes pelos quais o governo oferecia até 15 milhões de pesos mexicanos (US$ 1 milhão) pela captura. As autoridades não informaram se alguém receberá o valor por essa prisão. Huerta é considerado o principal operador dos irmãos Beltrán Levya, que agem no Estado de Nuevo León, no norte do país, fronteiriço ao Estado norte-americano do Texas. Ele tinha como tarefa fazer pactos com o rival cartel do Golfo para dividir operações e evitar enfrentamentos, segundo a procuradoria.
Os militares também apreenderam três fuzis de assalto, uma submetralhadora, quatro pistolas e quatro granadas de fragmentação, além de 18 luxuosos veículos. O general disse que também foram localizados US$ 12.480 e 8 mil pesos (US$ 530) em dinheiro.
Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República mexicana divulgou a lista com as maiores recompensas previstas até então pelo governo. A atual administração se comprometeu a pagar até 30 milhões de pesos (US$ 2,1 milhões) pela captura de cada um dos 24 líderes de cartéis do país. A prisão de cada lugar-tenente dos grupos prevê um pagamento de até 15 milhões de pesos (US$ 1 milhão). Foram listados 13 deles, de três dessas organizações.
Segundo a lista, operam no México seis grandes cartéis: o do Golfo (Zetas), o do Pacífico, o dos Beltrán Levvya, o dos Carrillo Fuentes, o da Família e o dos Arellano Félix. Outros dois nomes da lista já haviam sido capturados, Vicente Zambada Niebla, apelidado El Vicentillo, um dos líderes do cartel do Pacífico, e Sigifredo Nájera Talamantes, El Canicón, lugar-tenente do cartel do Golfo. Segundo a polícia, a lista foi elaborada para ser publicada dias antes da prisão dos dois.
Visita
A passagem de Hillary pelo México tem uma agenda abrangente, mas dominada pelo problema do narcotráfico. Os Estados Unidos temem que a violência aumente ainda mais e cruze as fronteiras. Ontem, a administração do presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou o envio de US$ 700 milhões para o combate ao narcotráfico no México, dentro da chamada Iniciativa Mérida. Hillary deve passar por Cidade do México e Monterrey, em sua visita de dois dias.
No avião para a capital mexicana, Hillary disse que o desejo insaciável dos EUA por drogas ilícitas e a incapacidade de o país evitar o contrabando pioravam o quadro de violência no México. Ela disse que Washington trabalhará em parceria com o vizinho para melhorar a segurança dos dois lados da fronteira. Porém, os funcionários norte-americanos sustentam que a agenda não estará apenas focada nesse problema - também serão discutidos temas como comércio, mudanças climáticas e a crise financeira internacional.
Entre os temas que dividem o país está a decisão norte-americana de suspender o acesso de caminhoneiros mexicanos aos EUA, uma restrição que pode afetar o comércio anual de US$ 2,4 bilhões. O governo mexicano reagiu impondo tarifas a 89 produtos norte-americanos. Funcionários mexicanos informam que morreram 6.290 pessoas na violência causada pelo narcotráfico no ano passado. Mais de mil morreram nos primeiros dois meses de 2009. O plano dos EUA inclui o fortalecimento da presença policial na fronteira e a cooperação com o México, cedendo tecnologia, equipamentos e dinheiro para o combate aos traficantes.
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