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México prende ex-prefeito por suspeita de ligação com cartel narcotraficante

Grupo Guerreros Unidos é acusado de assassinar 43 estudantes, que estão desaparecidos desde setembro de 2014. Segundo Ministério Público, eles teriam sido atacados por policiais municipais e entregues aos criminosos

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Por Redação
Atualização:

MÉXICO - Autoridades do México prenderam um ex-prefeito do Estado de Guerrero, no sul do país, por suspeita de desviar recursos para o “Guerreros Unidos”, cartel narcotraficante acusado de assassinar 43 estudantes - que permanecem desaparecidos -, informou na terça-feira uma fonte oficial.

Autoridades seguiam há vários meses a pista de José Santos Gonzaga Miranda, de 65 anos, até que agentes de inteligência e policiais federais o detiveram em um luxuoso bairro do sul da Cidade do México como "suposto responsável pelas acusações de crime organizado e contra a saúde", indicou um comunicado da Secretaria de Governo (Interior), que não informa a data da prisão.

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Segundo as investigações, Gonzaga Miranda, ex-presidente municipal de Cuetzala del Progreso, "participava diretamente da transferência e comercialização da droga, dentro de um grupo criminoso com operação nos municípios de Iguala, Cocula e Cuetzala", acrescentou.

De acordo com o Ministério Público, 43 estudantes foram atacados em Iguala em 26 de setembro de 2014 por policiais municipais, que os entregaram ao cartel Guerreros Unidos.

Ao confundi-los com integrantes de um grupo inimigo, os traficantes teriam assassinado os estudantes, queimado seus corpos em um lixão em Cocula e lançado seus restos em um rio, segundo a versão oficial.

"Há indícios que apontam que Gonzaga Miranda pode estar relacionado ao grupo criminoso o qual acredita-se ter participado do desaparecimento dos estudantes (...), e para o qual pode ter desviado recursos públicos durante sua gestão como presidente municipal no período 2009 e 2012", afirmou a Secretaria.

Mais de 120 pessoas foram detidas pelo desaparecimento dos estudantes, entre elas o ex-prefeito de Cocula, de Iguala (e sua esposa), assim como policiais das duas cidades. /AFP

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