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México proíbe contratos governamentais com a Odebrecht por 4 anos

O escândalo de corrupção no país envolveu apenas o ex-diretor da petroleira estatal Pemex, Emilio Lozoya, que teria recebido subornos para favorecer a empresa em licitações de obras públicas

Atualização:

MÉXICO - O governo mexicano disse nesta segunda-feira, 11, que proibiu por quatro anos a realização de contratos entre dependências governamentais e a construtora Odebrecht, envolvida em um gigante caso internacional de corrupção que abalou os círculos de poder na América Latina.

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A empresa brasileira não poderá participar "em procedimentos de contratação ou celebrar contrato algum" com entidades da administração pública federal, empresas produtoras do Estado nem suas subsidiárias, nem com governos estatais quando utilizam recursos federais, indicou uma disposição da Secretaria da Função Pública publicada no diário oficial.

México proibiu contratos governamentais com a empresa brasileira por quatro anos. Foto: Guadalupe Pardo/Reuters

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"Os contratos firmados e os que, atualmente, foram formalizados com a mencionada infratora (Odebrecht) não estão compreendidos na aplicação da presente circular", acrescenta o documento.

Até o momento, o escândalo de corrupção da Odebrecht no México envolveu apenas o ex-diretor da petroleira estatal Pemex, Emilio Lozoya, que teria recebido pelo menos US$ 10 milhões em subornos para favorecer a empresa em licitações de obras públicas, segundo o depoimento de um ex-executivo da construtora à Justiça brasileira.

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Lozoya, que dirigiu a Pemex entre 2012 e 2016, também é acusado de ter recebido dinheiro para a campanha do atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, na qual atuava como coordernador internacional /AFP

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