México vai iniciar processo de extradição de ‘Chapo’ aos EUA

Chefe de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas, ele enfrenta acusações em vários Estados americanos

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CIDADE DO MÉXICO - O governo do México anunciou neste sábado, 9, que vai iniciar o processo de extradição para os Estados Unidos de Joaquín “El Chapo” Guzmán, chefe de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas no México, o Cartel de Sinaloa, recapturado na última sexta-feira. 

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Ele é acusado de tráfico de drogas em vários Estados americanos e desde a sua primeira prisão, em fevereiro de 2014, os pedidos de extradição começaram a ser feitos. “Chapo” escapou no dia 11 de julho de 2015, por meio de um túnel.

Até antes da fuga, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, havia se negado a extraditar o traficante, mas depois da captura de sexta-feira o governo mudou de ideia.

Joaquín 'El Chapo'Guzman é escoltado por soldados na Cidade do México Foto: Tomas Bravo/Reuters

Um dos seis advogados de “Chapo” disse que iniciará uma estratégia de defesa para evitar a extradição. “Começa, claro, uma contenda jurídica que vai ser severa, muito dura”, disse Juan Pablo Badillo. Ele mencionou à imprensa que deve usar sete amparos jurídicos para evitar a extradição e a execução extrajudicial do seu cliente, entre outras coisas, mas não especificou nenhum deles. 

“Chapo” foi enviado de volta para o Altiplano, prisão de segurança máxima a 90 km da capital mexicana, da qual ele escapou em julho do ano passado. A extradição para os EUA contribuiria para acalmar os receios de que ele poderia, mais uma vez, usar sua fortuna para subornar funcionários da prisão e escapar mais uma vez.

Filme. Neste sábado, a procuradora-geral do México, Arely Gómez, informou que uma das razões que levou à captura do traficante foi a descoberta de que o criminoso tinha iniciado contatos com gente do mundo do cinema para rodar um filme sobre sua vida. De acordo com ela, “Chapo”, especialista em construção de túneis para fugas e transporte de drogas, havia estabelecido contato com “atrizes, atores e produtores”. / FRANCE PRESSE, REUTERS, AP e EFE

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