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Michelle Obama visita pandas e almoça em restaurante tibetano na China

Primeira-dama americana provocou debate sobre 'ilações políticas' ao visitar casa de minoria separatista

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Por Redação
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CHENGDU, CHINA - Em viagem oficial à China, a primeira dama dos EUA, Michelle Obama, suas duas filhas e a mãe visitaram nesta quarta-feira, 26, uma reserva de cerca de 80 pandas gigantes, em Chengdu. Em seguida, Michelle foi almoçar em um restaurante tibetano, levando a comentários sobre "ilações políticas" em redes sociais de internet ativas do país. Foram servidos alimentos tradicionais, incluindo torta de carne de iaque, costelas de iaque cozidas, pão feito com cevada e chá de manteiga de iaque.

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Obama, suas duas filhas e a mãe visitaram a cidade de Chengdu como parte de uma viagem de uma semana à China, onde ela procurou promover educação e incentivar ligações culturais. Pequim criticou a Casa Branca por seu apoio ao líder tibetano exilado Dalai Lama, denunciado por Pequim como um "lobo separatista em pele de cordeiro".

Um funcionário de alto escalão do governo americano que acompanhou Michelle  disse que a primeira dama simplesmente quis encontrar tibetanos em Chengdu. "Os tibetanos são um importante grupo minoritário e há uma considerável comunidade tibetana em Sichuan", disse o funcionário no fim de semana.

O restaurante foi escolhido em função do interesse da Primeira Dama pelos direitos das minorias na China, disse um integrante da equipe, de acordo com um repórter do pool de jornalistas que acompanhou a comitiva.

O presidente Barack Obama se reuniu com o Dalai Lama em fevereiro, um encontro denunciado por Pequim como interferência em seus assuntos internos. Obama disse que ele não apoia a independência do Tibete da China e o Dalai Lama sempre negou defendê-la, disse a Casa Branca em uma declaração na época.

Usuários da internet viram o almoço como uma mensagem velada. Um usuário disse que era impossível não perceber as implicações políticas. "Isso foi feito para o povo chinês ver e também para o Congresso dos EUA", escreveu. / REUTERS

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