
03 de agosto de 2012 | 11h10
A China investiu bilhões na África nos últimos anos, emergindo como o maior parceiro comercial do continente e a principal fonte de investimentos em infraestrutura. Mas sua presença também levanta receios sobre abusos trabalhistas e corrupção.
Na quarta-feira, em críticas veladas ao papel chinês na África, Hillary disse para o público presente em uma universidade em Senegal que os líderes africanos devem favorecer a democracia e parcerias com poderes internacionais responsáveis, se quiserem de melhorar as condições de vida e remediar as causas do extremismo no continente. Apesar de não ter mencionado a China pelo nome, está claro que ela pede que os africanos repensem seu relacionamento com Pequim.
"Quer Clinton desconheça os fatos ou tenha escolhido ignorá-los, sua insinuação que a China está extraindo a riqueza da África para si está totalmente longe da verdade", disse a Xinhua. A agência de noticias afirmou que as relações com o continente são baseadas na "igualdade e amizade" e que a "amigável e mutuamente benéfica interação entre China e África mostra a mentira das alegações de Clinton."
A secretária de Estado ainda visita Uganda, Sudão do Sul, Quênia, Malavi, África do Sul e Gana. A China organizou uma cúpula com líderes africanos no mês passado e prometeu $ 20 bilhões em crédito a serem usados para infraestrutura. As informações são da Associated Press.
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