29 de abril de 2011 | 00h00
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O rei passou a ser também um promotor de valores ligados à família e à cidadania. E outros membros da realeza engajaram-se em projetos sociais ou obras de caridade. Tudo devidamente registrado pelas câmeras.
Um marco importante na Grã-Bretanha foi o ano de 1969, quando a BBC transmitiu um documentário sobre a família real. Os Windsors haviam aberto suas portas para a rede de TV no ano anterior para a gravação do filme, que incluía cenas de uma visita da rainha ao Brasil. "O Brasil é um país com 90 milhões de pessoas que mal ouviram falar da Grã-Bretanha e nunca viram uma rainha", diz o narrador.
A relação com a mídia piorou bastante com o divórcio de Charles e Diana, especialmente no que diz respeito aos tabloides. Na época, a troca de acusações e revelações feitas pelo casal chegou a alimentar discussões sobre a abolição da monarquia. Por isso, segundo Roy Greenslade, professor de Jornalismo na City University e editor do tabloide Daily Mirror em 1990 e 1991, o príncipe William deve buscar um perfil mais discreto depois do casamento.
"A estratégia de William tem sido o que poderíamos chamar de "descelebrizar" a família real", escreveu Greenslade, no site do The Guardian. "Em uma era de celebridades, pode parecer que ele está tentando voltar para a monarquia dos anos 30 e 40, de seu bisavô George VI, uma era de discrição."
Outro fator que deve fazer a diferença em relação aos anos 90 é que, desde a morte de Diana, um código de conduta estabeleceu regras mais rígidas para o trabalho dos paparazzi. Eles não podem mais perseguir celebridades de carro nem fotografar na imediação de escolas - o que permitiu a William e Harry passarem a adolescência relativamente fora dos holofotes.
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