Migrantes se reunirão na Cidade do México para decidir se seguem rumo aos EUA

Integrantes da caravana vão se reunir para decidir se ficam em território mexicano ou se seguem caminho para os Estados Unidos

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CIDADE DO MÉXICO – A caravana de centro-americanos que entrou em território mexicano no dia 19 de outubro se reagrupará na Cidade do México nos próximos dias para decidir se continua viagem rumo aos Estados Unidos ou toma outra decisão, informou o sacerdote católico e ativista mexicano Alejandro Solalinde neste domingo, 4. "A ideia que nós temos é que todos se juntem na Cidade do México e parece que vamos conseguir, embora alguns já tenham partido para o norte do país há dois dias, mas são poucos", afirmou Solalinde.

Parte da caravana vai decidir se fica no México por causa de parentes ou ofertas de emprego. Foto: Ángel Hernández / EFE

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O sacerdote explicou que a maioria dos 5 mil centro-americanos – em sua maioria de Honduras – já reunidos vão se dividir em dois grupos. No primeiro estarão os que querem ir aos Estados Unidos para reunir a família ou por alguma outra razão. 

O segundo grupo será das pessoas que decidirem ficar no México seja porque têm parentes em território mexicano ou alguma oferta de emprego. A titular da Comissão de Direitos Humanos da Cidade do México, Nashieli Ramírez, disse que neste domingo chegaram cerca de 500 pessoas e no decorrer do dia esperam a chegada de outras 1 mil. Ela levantou o debate sobre como os governos locais devem ligar com assuntos globais e afirmou que a capital mexicana está "preparada" para receber os migrantes.

Membros da caravana migrante se reunirão na Cidade do México nos próximos dias. Foto: Ángel Hernández / EFE

"No caso da Cidade do México estamos trabalhando nesta ponte humanitária para dar uma imagem diferente. A lógica é entender como esta cidade responde à tentação de abordar a migração como um assunto de segurança nacional ou aborda a migração como um assunto de segurança humana”, disse. 

Desde meados de outubro, milhares de migrantes em caravanas formadas na sua maioria por hondurenhos, mas que também incluem salvadorenhos e guatemaltecos, avançam rumo aos EUA cruzando estes países e o México.

O presidente Donald Trump afirmou no sábado, 3, que não permitirá que “pessoas ruins” que viajam com a caravana entrem nos EUA. A Casa Branca já confirmou o envio de 5.200 soldados à fronteira sul para evitar a entrada de ilegais no país. / EFE

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