Mike Pompeo critica negociação entre governo e oposição da Venezuela em Barbados

Para secretário de Estado americano, alternativa de novas eleições com a presença de Maduro, discutida nas negociações, não é uma solução viável para pleito justo na Venezuela

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Por Redação
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QUITO - O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou na noite de sábado, 20, as negociações conduzidas com apoio da União Europeia e o Uruguai em Barbados para pôr um fim à crise política venezuelana. Segundo o chefe da diplomacia americana, enquanto Cuba continuar protegendo o presidente Nicolás Maduro, não haverá eleições justas na Venezuela, como reivindica a oposição.

Secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo em viagem ao Equador, ao lado do presidente Lenin Moreno. Pompeo faz giro de viagens em quatro países da América Latina Foto: José Jácome

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Ao lado do presidente do Equador, Lenín Moreno, Pompeo defendeu a construção de “um mecanismo criativo de deixar Maduro de fora de uma possível eleição”.

"Sem minimizar o que está acontecendo em Barbados, as negociações, é inconcebível que sejam realizadas eleições que realmente representem o povo venezuelano se Maduro continua presente no país", afirmou Pompeo.

Com mediação da Noruega, missões de Maduro e de Guaidó mantêm um diálogo reservado em Barbados. A oposição pede eleições antecipadas, sob verificação internacional, mas não deixou claro se aceita a participação de Maduro ou outra liderança chavista.

Washington é o principal apoio do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo o Equador.

Ainda no sábado, Pompeo se reuniu com Moreno em um hotel de Guayaquil por cerca de uma hora para conversar sobre as relações bilaterais, a situação regional e a cooperação contra o narcotráfico e a corrupção.

O secretário de Estado americano concluiu ontem uma viagem pela América Latina que começou na Argentina e terminoucom visitas a El Salvador e México, onde Pompeo se reuniu com os presidentes Nayib Bukele e Andrés Manuel López Obrador, respectivamente. /AFP

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