QUITO - O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, criticou na noite de sábado, 20, as negociações conduzidas com apoio da União Europeia e o Uruguai em Barbados para pôr um fim à crise política venezuelana. Segundo o chefe da diplomacia americana, enquanto Cuba continuar protegendo o presidente Nicolás Maduro, não haverá eleições justas na Venezuela, como reivindica a oposição.
Ao lado do presidente do Equador, Lenín Moreno, Pompeo defendeu a construção de “um mecanismo criativo de deixar Maduro de fora de uma possível eleição”.
"Sem minimizar o que está acontecendo em Barbados, as negociações, é inconcebível que sejam realizadas eleições que realmente representem o povo venezuelano se Maduro continua presente no país", afirmou Pompeo.
Com mediação da Noruega, missões de Maduro e de Guaidó mantêm um diálogo reservado em Barbados. A oposição pede eleições antecipadas, sob verificação internacional, mas não deixou claro se aceita a participação de Maduro ou outra liderança chavista.
Washington é o principal apoio do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, incluindo o Equador.
Ainda no sábado, Pompeo se reuniu com Moreno em um hotel de Guayaquil por cerca de uma hora para conversar sobre as relações bilaterais, a situação regional e a cooperação contra o narcotráfico e a corrupção.
O secretário de Estado americano concluiu ontem uma viagem pela América Latina que começou na Argentina e terminoucom visitas a El Salvador e México, onde Pompeo se reuniu com os presidentes Nayib Bukele e Andrés Manuel López Obrador, respectivamente. /AFP