Milhares de palestinos protestam contra confinamento de Arafat

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Por Agencia Estado
Atualização:

Milhares de palestinos, muitos dos quais desafiando toque de recolher, saíram as ruas da Cisjordânia e Gaza no domingo para protestar contra o ataque israelense ao quartel general do Yasser Arafat. Quatro manifestantes foram mortos por tropas israelenses. Mais tarde, um adolescente palestino de 13 anos morrem em Naplusa, segundo moradores. No complexo da Autoridade Palestina, onde Arafat está confinado, tropas israelenses ameaçam derrubar o único edifício que permanece de pé, a menos que ele entregue os homens que são procurador por Israel e que, segundo o governo do premier Ariel Sharon, estariam refugiados no interior das ruínas do prédio da AP junto com Arafat. No entanto, o governo israelense disse que não pretende matar o líder israelense. O vice-ministro da Defesa, Weizman Shiri, disse que Arafat está livre para abandonar o país, mas que o governo israelense não permitirá sua volta. "Daremos um bilhete só de ida, de forma digna", disse. Israel lançou a ofensiva contra Arafat em represália a uma onda de ataques terroristas palestinos. Israel considera Arafat responsável pelo terrorismo e denuncia ainda que Arafat não pretender deter a violências dos terroristas suicidas. Neste domingo, o movimento Fatah de Arafat encabeçou os protestos em Gaza e na Cisjodânia. Na cidade de Gaza, milhares protestaram em frente ao parlamento. Em Ramalah, tropas de Israel lançaram gás lacrimogênio e balas para dispersar centenas de homens, mulheres e crianças que gritavam "Viva Arafat, viva a Palestina". Dois manifestantes morreram. Em Rafah, na Faixa de Gaza, cerca de 5 mil pessoas se uniram aos palestinos. Segundo testemunhas, tanques israelenses dispararam, causando danos em alguns edifícios no lado egípcio da fronteira.

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