TÓQUIO - Cerca de três mil pessoas foram resgatadas do Aeroporto Internacional de Kansai, localizado em uma ilha artificial no oeste do Japão, após o alagamento do terminal durante a passagem do tufão Jebi na terça-feira, 4. O grupo deixou o local em ônibus e balsas e há apenas um registro de ferido. O aeroporto, que atende a cidade de Osaka, permanecerá fechado.
Imagens transmitidas pela emissora estatal NHK mostraram as caravanas de barcos saindo da ilha artificial em direção ao aeroporto de Kobe, na mesma região. Os ônibus passaram por uma ponte que foi parcialmente danificada após um navio petroleiro colidir com a infraestrutura. Apenas um passageiro ficou ferido nas mãos por estilhaços de vidros. Segundo autoridades locais, pelo menos 9 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas após a passagem do Jebi, considerado o tufão mais forte a atingir o Japão nos últimos 25 anos.
Passageiros relatam que, devido à suspensão do fornecimento de energia elétrica, ficaram impossibilitados de adquirir alimentos e água potável em máquinas automáticas do terminal e que todos os itens à venda nas lojas locais se esgotaram rapidamente. Pelo menos metade das milhões de residências na região de Osaka ainda estavam sem energia elétrica nesta quarta-feira, 5.
Com ventos entre 160 km/h e 190 km/h na parte central (além de rajadas de até 220 km/h), Jebi é o primeiro tufão catalogado como “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão a chegar ao arquipélago desde 1993, quando outro fenômeno com as mesmas características deixou 48 mortos e desaparecidos. Nesta terça, comércios fecharam as portas em Osaka e várias empresas do país, incluindo a Toyota, Honda e Panasonic, suspenderam a produção.
Pelo menos cinco das nove mortes provocadas pelo Jebi foram causadas por objetos arremessados pelos ventos fortes. Há também o registro de um idoso que caiu de seu apartamento em Osaka e outro que caiu do telhado de uma casa em Mie. Um terceiro idoso, de 71 anos, foi encontrado morto debaixo de um armazém que desmoronou durante a tempestade. //ASSOCIATED PRESS