Milhares de muçulmanos xiitas protestaram pacificamente na frente do quartel-general das forças de ocupação lideradas pelos EUA em Bagdá, culpando-as pela falta de segurança no país e acusando-as de não terem se empenhado para deter uma sangrenta disputa étnica no norte do Iraque e evitar o atentado a bomba contra a casa de um importante pregador muçulmano xiita, no sul. O Exército dos EUA anunciou a morte de um soldado por ferimento de bala num incidente sem hostilidades, elevando para 138 o número de militares americanos mortos desde que o presidente George W. Bush declarou encerrados os grandes combates em 1º de maio - o mesmo número de mortes que precedeu o anúncio de Bush. Ao todo, 276 soldados dos EUA morreram em combates ou em acidentes desde que a guerra teve início, em 20 de março. O protesto em Bagdá passou, depois de cerca de uma hora, para a frente da sede da União Patriótica do Curdistão (UPC). Os manifestantes acusavam a organização curda de ter iniciado os enfrentamentos da noite de sexta-feira em Tuz Kharmato e os ataques contra turcomanos no dia seguinte em Kirkuk, 241 km ao norte de Bagdá. Onze pessoas morreram nos distúrbios. Por volta das 23 horas, os manifestantes se dispersaram pacificamente.