Milhões marcham contra as Farc

Protesto, em 150 cidades do mundo, reúne 1 milhão só em Bogotá

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Por Ap , Afp , Efe e Reuters
Atualização:

Milhões de manifestantes tomaram ontem as ruas de 40 cidades colombianas e de outras 125 cidades no restante do mundo (incluindo São Paulo) para protestar contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Vestidos de branco e carregando cartazes e bandeiras da Colômbia, os manifestantes pediam a libertação dos mais de 700 reféns em poder da guerrilha esquerdista. Mais de 1 milhão de manifestantes se concentraram na Praça Bolívar, no centro de Bogotá, segundo estimativa do jornal colombiano El Tiempo. Mas os parentes dos reféns das Farc decidiram não participar do protesto, temendo represálias. A família da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, refém das Farc desde 2002, pressionou, sem êxito, o governo francês para que proibisse a manifestação em Paris. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, participou da marcha em Valledupar (norte). "Conseguimos enviar aos seqüestrados a mensagem de que toda a Colômbia está com eles e faremos todos os esforços para que regressem a seus lares", disse Uribe. Os protestos ocorreram em meio a uma pressão internacional para que as Farc libertem os reféns. Ontem à noite, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que seu país está se preparando para receber os três reféns políticos que as Farc prometeram libertar. As Farc disseram no sábado que vão libertar os ex-congressistas Gloria Polanco, Luis Eládio Pérez e Orlando Beltrán porque eles estão doentes e como um gesto aos esforços de Chávez para tentar obter uma solução para o conflito na Colômbia.

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