Milícia palestina diz que Gilad Shalit está bem

Comitês Populares da Resistência seqüestraram em junho o soldado israelense

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os Comitês Populares da Resistência, um dos três grupos responsáveis pelo seqüestro do soldado israelense Gilad Shalit, de 19 anos, em junho, revelaram que o militar está bem de saúde, mas ameaçaram prolongar durante anos seu rapto se suas exigências não forem cumpridas. Um porta-voz dos Comitês Populares da Resistência, apresentado como Abu Mujahid, afirmou nesta terça-feira na Cidade de Gaza que Shalit pode permanecer retido se Israel não libertar mil presos palestinos. "Gilad Shalit está bem de saúde e está sendo tratado seguindo a tradição islâmica no que se refere aos prisioneiros de guerra", afirmou o porta-voz. Esta é a primeira vez que detalhes são revelados sobre a situação do militar israelense. O porta-voz ressaltou que o soldado israelense não foi submetido a torturas, "como Israel faz com nossos prisioneiros". No entanto, afirmou que a organização "está preparada para retê-lo durante anos até que as reivindicações sejam cumpridas". Os Comitês Populares da Resistência, uma milícia vinculada ao grupo islâmico Hamas e o Exército Islâmico assumiram a autoria do seqüestro do soldado em 25 junho, após lançar um ataque contra uma base militar israelense na fronteira com o sul da Faixa de Gaza. Abu Mujahid esclareceu que os esforços de mediação do Egito para conseguir uma troca de prisioneiros fracassaram devido à negativa de Israel de pôr em liberdade mil prisioneiros palestinos, incluindo mulheres, menores de idade e doentes. "A oferta egípcia não estava muito longe das reivindicações expressadas pelas facções que retêm o soldado" israelense, declarou o porta-voz. Mujahid disse que "a ocupação (israelense) anula todos os esforos, inclusive os egípcios, para chegar a um acordo". O porta-voz acrescentou que "Israel deseja obter informação gratuita de seu soldado sem pagar nenhum preço".

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