08 de agosto de 2009 | 07h56
Relatos ainda não confirmados oficialmente indicam que o militante islâmico Noordin Mohammad Top, um dos homens mais procurados da Ásia, teria sido morto durante uma grande "operação antiterrorismo" em Java, na Indonésia. Noordin, que nasceu na Malásia, seria um dos líderes do grupo radical Jemaah Islamiyah, ligado à al-Qaeda, e teria, recentemente, fundado seu próprio grupo militante. Ele é suspeito de ter planejado atentados em Bali em 2002 e 2005, além de outros ataques na Indonésia, inclusive os dois contra hotéis de luxo em Jacarta no último mês.
A polícia teria invadido a casa onde ele estava escondido depois de 17 horas de combates, com trocas de tiros e diversas explosões. A operação foi resultado da prisão, na sexta-feira, de dois supostos militantes aliados de Noordin Top no distrito de Temanggung.
Segundo a BBC, além da operação em Java, os policiais também realizaram ofensivas na capital, Jacarta. Segundo o porta-voz da polícia, Nanan Sukcarna, dois supostos militantes foram mortos e cinco detidos durante uma ofensiva na área de Bekasi. Os policiais apreenderam ainda 500 quilos de bombas que, segundo a polícia, seriam usados em outro atentado.
Segundo o FBI (Polícia federal americana), o terrorista era um "especialista em explosivos", "recrutador", "fabricante de armas" e "treinador de novos islâmicos". A morte de Noordin representa um grande golpe à estrutura militar e financeira do terrorismo islâmico na Indonésia, que agora fica muito enfraquecido e apenas parcialmente operacional, segundo os especialistas. Sydney Jones, especialista em terrorismo islâmico na Indonésia, disse recentemente que sem Noordin "o risco de um novo atentado diminuía de forma significativa".
A Polícia também revelou ainda a identidade dos dois supostos suicidas do atentado duplo de Jacarta, dois jovens, de 16 e 28 anos, provenientes da ilha de Java e sem antecedentes criminais. Estes ataques colocaram fim a cerca de quatro anos sem ações terroristas na Indonésia, um país afetado algumas vezes desde 2000 pelo terrorismo islâmico, que já deixou mais de 250 mortos.
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