Trinta e dois militantes do Hamas conseguiram fugir de um cerco israelense à mesquita de Beit Hanoun, em Gaza, nesta sexta-feira. A mesquita foi cercada depois que os milicianos ali se refugiaram da ofensiva israelense na cidade, considerada base de ataques de foguetes contra alvos em Israel. Pelo menos dois milicianos vestiram roupas femininas para conseguir deixar a mesquita. No meio da manhã, um grupo de mulheres se reuniu em frente ao local. Segundo o Exército israelense, homens armados que estavam dentro do prédio tiraram vantagem da situação, aproveitando para escapar, e as tropas queriam evitar atirar na multidão. Mas as tropas israelenses acabaram abrindo fogo contra o grupo de mulheres, matando duas e ferindo pelo menos outras 10, segundo fontes hospitalares. O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniye, do Hamas, elogiou "a coragem das mulheres que lideraram o protesto em Beit Hanoun. O premier pediu ao secretário geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para tomar uma atitude em relação ao "massacre de palestinos" e também pediu para a comunidade árabe tomar providências para acabar com o derramamento de sangue nos territórios ocupados. Segundo o Ministério da Saúde palestino, trinta e três palestinos já foram mortos e 155 feridos pelas tropas israelenses desde o início na quarta-feira da ofensiva na Faixa de Gaza, visando acabar com o lançamento de foguetes contra o Estado judeu e libertar um seqüestrado soldado de Israel. Mais de 60 dos feridos são mulheres.