Militantes islâmicos deixam nota sobre cadáver decapitado no Sinai

A decapitação é a oitava reivindicada pelo grupo no Sinai em menos de um mês em uma onda de assassinatos brutais

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Por YOUSSRI MOHAMMED
Atualização:
O Estado Islâmico tem alarmado a comunidade internacional com sua rápida expansão e extrema violência Foto: AP

Residentes da Península de Sinai, no Egito, disseram nesta quarta-feira que encontraram um cadáver decapitado com uma nota assinada por um grupo militante islâmico ligado à Síria e ao Estado Islâmico, acusando a vítima de ser um espião israelense.

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A decapitação é a oitava reivindicada pelo grupo no Sinai em menos de um mês em uma onda de assassinatos brutais, aparentemente inspirados pelo Estado Islâmico, que tem sido condenado internacionalmente por suas atrocidades e tem sido alvo de ataques aéreos dos EUA.

Moradores de um vilarejo ao sul da cidade de Sheikh Zuweid, no norte do Sinai, disseram à Reuters por telefone que o corpo decapitado tinha uma nota assinada por Ansar Bayt al-Maqdis, dizendo que ele era um agente da agência de espionagem israelense Mossad.

"Este é o destino de todos que se provarem traidores de sua pátria", disse o grupo na nota, de acordo com os moradores.

Um comandante do Ansar disse à Reuters na semana passada que o Estado Islâmico, um grupo egresso da al Qaeda que controla grande parte da Síria e do Iraque, tem assessorado o grupo com sede em Sinai sobre como operar de forma mais eficaz.

O Estado Islâmico tem alarmado a comunidade internacional com sua rápida expansão e extrema violência, incluindo decapitações de dois jornalistas norte-americanos, além de matar e enterrar centenas de iraquianos da minoria Yazidi vivos.

Autoridades da inteligência egípcia disseram que o Estado Islâmico também está influenciando militantes egípcios baseados perto da fronteira com a Líbia.

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Militantes islâmicos de linha dura intensificaram os ataques contra policiais e soldados desde que o exército derrubou o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, no ano passado após protestos em massa contra seu governo.

O governo acusa a Irmandade Muçulmana de se tornar violenta após a deposição de Mursi, mas o movimento tem condenado publicamente o extremismo violento do passado e diz que continua comprometido com meios pacíficos de derrubar o governo.

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