Militantes matam 24 policiais egípcios em atentado na Península do Sinai

Atentados na região têm aumentado desde o golpe do Exército contra Morsi

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Por Redação
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CAIRO - Militantes islâmicos mataram pelo menos 24 policiais egípcios nesta segunda-feira, 19, na Península do Sinai, onde os ataques contra as forças de segurança têm se multiplicado desde que o Exército derrubou o presidente Mohamed Morsi em 3 de julho.

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Três policiais também ficaram feridos no ataque com granadas e metralhadoras perto da cidade de Rafah, no norte do Sinai, na fronteira com Israel, de acordo com fontes médicas e de segurança.

O ataque reforça os desafios enfrentados pelo novo governo do Egito, que trava um conflito com a Irmandade Muçulmana em que pelo menos 850 pessoas foram mortas desde que a forças de segurança abriram fogo contra acampamentos de protesto pró-Morsi, na semana passada.

As autoridades afirmam estar numa campanha de combate ao terrorismo. A Irmandade, grupo de Morsi, renunciou à violência décadas atrás e nega qualquer ligação com militantes armados, incluindo os do Sinai que ganharam força desde que o autocrata Hosni Mubarak foi derrubado em 2011.

A crescente insegurança no Sinai também preocupa os Estados Unidos, uma vez que a região fica ao lado de Israel e da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, bem como do canal de Suez.

Pelo menos 36 militantes islâmicos morreram sob custódia das forças do governo no domingo, em um incidente que a Irmandade descreveu como "assassinato" mas que as autoridades egípcias disseram ter sido uma tentativa frustrada de fuga. / REUTERS

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