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Militantes palestinos matam 2 soldados israelenses

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Por AE-AP
Atualização:

Militantes do Movimento Islâmico de Resistência (Hamas) infiltraram-se do território palestino de Gaza para Israel e mataram dois soldados israelenses, o que não acontecia desde 2006. O Ministério da Saúde de Gaza informou que o número de palestinos mortos desde o início da ofensiva militar israelense, dia 7 de julho, elevou-se neste sábado para 338, dos quais mais de 70 crianças, com mais de 2.500 feridos e 50 mil pessoas obrigadas a deixar suas casas e a buscar campos de refugiados.Israel também suspendeu o fornecimento de energia elétrica para o território, onde vivem mais de 1,5 milhão de palestinos. O bombardeio de Gaza por artilharia, aviões e navios israelenses prosseguia no sábado à noite.Segundo o Exército de Israel, foguetes disparados por militantes palestinos desde Gaza mataram duas pessoas perto da cidade de Dimona, elevando o saldo de mortos entre os civis israelenses a três. Um soldado israelense havia morrido na sexta-feira, vitimado por "fogo amigo".Oficiais israelenses disseram que um grupo de 13 militantes palestinos infiltrou-se em Israel por meio de um túnel que levava a uma fazenda próxima ao kibbutz Ein Hashlosha e atacou uma patrulha israelense, matando o major Amotz Greenberg, 45, e o sargento Adar Bersano, 20. Um dos militantes foi morto.O Hamas divulgou comunicado elogiando os participantes da operação. "Demos uma lição dura no inimigo sionista, como parte da corrente de surpresas que prometemos a nossos cidadãos e à nação", diz o comunicado. A última vez que militantes de Gaza mataram dois soldados israelenses havia sido em 2006; naquela ocasião, eles também capturaram o soldado israelense Gilad Shalit, que acabou sendo libertado em 2011 em troca da soltura de mil prisioneiros palestinos.No Cairo, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, disse que seu país não pretende revisar os termos da proposta de cessar-fogo que havia apresentado no começo da semana. A proposta, feita de acordo com o governo de Israel, foi rejeitada pelo Hamas, pelo fato de os palestinos não terem sido consultados.Neste sábado, o Hamas apresentou sua própria proposta de cessar-fogo, apoiada pelos governos da Turquia e do Qatar. Segundo as agências de notícias palestinas, diplomatas do Qatar teriam entregue a proposta ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry. A proposta inclui a cessação imediata de hostilidades e de operações militares, o levantamento do cerco de Gaza e a abertura dos postos de fronteira para a passagem de pessoas e de suprimentos, a permissão para que pescadores palestinos possam trabalhar em uma área a até 12 milhas da costa e a libertação dos palestinos detidos depois de 12 de junho. Fonte: Associated Press.

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