Militantes palestinos obtém dinheiro para libertar seqüestrados

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Por Agencia Estado
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Seqüestradores palestinos de três missionários estrangeiros obtiveram neste sábado promessas de compensação monetária para eles e seus companheiros de militância, em troca da libertação dos três reféns. As promessas da Autoridade Palestina foram feitas logo após a eclosão de novos confrontos entre grupos militantes e as forças de segurança, que recentemente foram colocadas sob o controle do primeiro-ministro Ahmed Korei. A onda de violência indica que o acordo da semana passada entre Korei e o líder palestino Yasser Arafat para compartilhar o controle das forças de segurança não foi capaz de acalmar as tensões. Cinco milicianos seqüestraram na sexta-feira à noite os prisioneiros - um norte-americano, um britânico e um irlandês -, que realizavam atividades missionárias em Nablus. As autoridades disseram que os seqüestradores pertenciam a uma ala dissidente das Brigadas de Mártires de Al Aqsa. O principal grupo de militantes dessa brigadas se uniu às autoridades de segurança palestinas em busca dos reféns, que foram levados ao campo de refugiados de Balata. Ao mesmo tempo, uma dezena de milicianos dissidentes armados do Al Aqsa, que são procurados por Israel, incendiaram o QG dos serviços de informação palestinos na cidade de Jenin, norte da Cisjordânia. Zakaria Zubeide, chefe do grupo, acusou os agentes palestinos de terem fornecido informações ao Exército israelense que levaram à detenção de vários ativistas palestinos por soldados israelenses. Os milicianos disseram necesssitar de ajuda estatal porque não podem ir trabalhar e devem permanecer na clandestinidade - do contrário, podem ser capturados pelos israelenses. A Autoridade Palestina entrega dinheiro aos militantes buscados por Israel, disseram militantes e funcionários de segurança palestinos, embora o governo palestino negue a informação. A condição para essa ajuda, disseram os mesmos funcionários, é a promessa dos militantes de não atacarem alvos dentro de Israel. Foi dito aos seqüestradores que seu pedido seria aceito, mas que os seqüestros estavam prejudicando a causa palestina.

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