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Militar dos EUA se declara culpado sobre abusos no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

O soldado norte americano Jeremy C. Sivits, de 24 anos, se declarou culpado em três acusações na primeira corte-marcial sobre os abusos cometidos por militares dos EUA contra iraquianos na prisão de Abu Ghraib. Ele foi acusado de maus-tratos, descumprimento do dever e de não proteger os detentos contra os abusos aos quais soram submetidos, além de crueldade contra um deles, o qual levou para ser atacado por outros soldados. O capitão Scott Dunn, advogado de Sivits, apresentou uma declaração em nome do seu cliente e expressou ao juíz sua preocupação de que o veredito poderia ser influenciado pela ampla cobertura do caso na imprensa. O magistrado, capitão James Pohl, respondeu: ?Simplesmente porque algo está na televisão não significa que seja verdade?. Dunn disse também que Sivits havia chegado a um acordo com as autoridades antes do julgamento para depor conta os outros implicados. Outros três envolvidos no caso, os sargentos Javal Davis e Ivan L. Frederick e o soldado Charles Graner Jr. foram acusados diante da Corte, no Centro de Convenções de Bagdá, localizado na fortemente vigiada Zona Verde da cidade. Eles serão ouvidos agora em 21 de junho. Pirâmide humana Ao descrever o que aconteceu na prisão de Abu Ghraib, Sivits contou que na tarde de 8 de novembro, Frederick pediu que ele o acompanhasse até a carceragem. Sivits levou consigo um detento e, quando chegou ao local, encontrou outros outros sete presos deitados no chão com sacos de areia sobre os seus rostos. Davis e a soldado Lynndie England pisavam nos pés e mãos dos iraquianos. Segundo Sivits, em seguida, os detentos foram despidos e obrigados a formar uma pirâmide humana, como aparece nas fotos divulgadas recentemente.

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