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Militares colombianos se apropriaram de dinheiro das Farc

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo colombiano julgará por delito de traição à pátria um grupo de 147 militares que roubaram o equivalente a US$ 14.285 que pertenciam à guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), embora haja versões de que foram vários milhões. O ministro do Interior, Fernando Londoño, afirmou que estes militares (40 dos quais já estão detidos) "traíram o exército, traíram a fé que os colombianos depositam neles, traíram a honra da Colômbia". O dinheiro foi encontrado em 18 de abril em uma zona rural do município de San Vicente del Caguán, no departamento (estado) de Caquetá, a 280 km ao sul de Bogotá, região que fez parte da zona desmilitarizada implantada pelo ex-presidente Andrés Pastrana para promover o diálgo com o maior grupo guerrilheiro do país. Os militares investigados pertenciam a uma unidade de brigada móvel que prestava serviços de vigilância e controle em San Vicente; eles se apropriaram do dinheiro encontrado no local. "Fala-se em milhões de dólares, mas isto ainda não foi confirmado", disse o comandante do exército, general Carlos Alberto Ospina Ovalle. O comandante explicou que as suspeitas foram levantadas quando a grande maioria destes militares decidiu inesperadamente passar para a reserva, outros desapareceram e outros ainda começaram a comprar coisas para suas casas. "Uma parte do dinheiro foi recuperado e outra foi devolvida porque vários deles se arrependeram", disse o general em declarações à imprensa. O ministro Londoño qualificou o ato de corrupção dos militares como "muito doloroso e muito triste; são esses acidentes inevitáveis neste caminho de luta contra organizações economicamente poderosas". "De qualquer modo, o exército é grande, é probo, sabe respeitar suas tradições - e, ao mesmo tempo, vejo com pesar que alguns o traem", disse Londoño.

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