Militares das duas Coreias trocam tiros na região da fronteira

Norte-coreanos teriam disparado contra posto de controle do lado do sul; motivo é desconhecido

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Atualização:

SEUL - Militares das duas Coreias trocaram tiros nesta sexta-feira, 29, na fronteira entre dos dois países, informaram fontes do Ministério de Defesa de Seul.

 

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Segundo o Ministério, os norte-coreanos dispararam dois tiros contra um posto de controle sul-coreano por volta das 17h26 locais (7h26 no horário de Brasília). Os militares da Coreia do Sul responderam ao ataque com três disparos.

 

Depois da resposta sul-coreana, foram emitidas advertências acústicas nas quais se acusava o Norte de romper o armistício que decretou o fim da Guerra da Coreia (1950-53).

 

Segundo a Junta do Estado-Maior sul-coreano, as forças na região da fronteira estão preparadas para se mobilizar diante de uma eventual contingência.

 

O Comando da Organização das Nações Unidas (ONU), liderado pelos EUA e encarregado de supervisionar o armistício, enviará uma equipe para investigar o incidente, revelou a agência sul-coreana Yonhap.

 

Não há informação sobre vítimas nem o que motivou os disparos dos militares norte-coreanos, disse uma fonte do Ministério. Segundo os sul-coreanos, os tiros tinham como alvo a unidade de militar de Cheorwon, na província de Gangwon, no leste da Coreia do Sul.

 

As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra, já que a guerra da península não foi formalmente encerrada em 1953, quando apenas foi assinada uma trégua. As tensões se elevaram novamente este ano com o afundamento de um navio sul-coreano, quando morreram 46 marinheiros. Seul culpa Pyongyang pelo fato, mas os norte-coreanos negam.

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Outra questão que gera impasse é o programa nuclear norte-coreano, considerado uma ameaça pelo sul. Pyongyang se recusa a retornar à mesa de negociações para abandonar os projetos atômicos e diz que só o fará se a Guerra da Coreia for encerrada formalmente.

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