Militares do Egito dizem que não haverá perdão para Mubarak

Junta que governa o país provisoriamente diz que não interfere nos assuntos judiciários

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CAIRO - O conselho militar que governa o Egito rejeitou nesta quarta-feira, 18, um relatório que diz que o órgão poderia dar o perdão ao líder deposto Hosni Mubarak e sua família. O argumento dos militares foi o de que a junta não interfere em assuntos judiciais do país.

 

 

"Absolutamente não é verdade o que tem sido noticiado pela mídia, de que o conselho supremo está propenso a perdoar o ex-presidente Mohammed Hosni Mubarak ou sua família", afirmou o conselho em sua página do Facebook. "O Conselho Supremo e as Forças Armadas não interferem de forma alguma nos procedimentos legais que asseguram a responsabilidade dos símbolos do antigo regime".

 

Mubarak está detido desde abril sob suspeita de envolvimento com mortes de manifestantes e corrupção. Ele está preso em um hospital, onde foi tratado de ataque do coração durante um interrogatório. Seus dois filhos, Alaa e Gamal estão detidos em uma prisão do Cairo, enquanto sua esposa, Suzanne, depois de abandonar seus bens, foi solta pagando fiança e também enfrenta investigações de corrupção.

 

Um jornal egípcio, citando fontes militares, disse que Mubarak estava preparando uma carta de desculpas e dizendo que se desfaria de bens, esperando assim assegurar sua anistia. O presidente, de 83 anos, foi derrubado em fevereiro, depois de mais de duas semanas de protestos em massa. Dezenas de milhares de manifestantes exigem seu julgamento desde então. As informações são da Dow Jones.

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