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Militares do Iêmen retiram apoio a presidente

Embaixadores e tribos iemenitas também passam para a oposição a Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder

Atualização:

SANAATrês importantes militares iemenitas, os embaixadores do Iêmen no Egito e na Liga Árabe e algumas tribos do país passaram ontem oficialmente para o lado da oposição ao presidente Ali Abdullah Saleh, que exige a saída imediata do chefe de Estado, no poder há 32 anos. "Anunciamos nosso apoio à pacífica revolução da juventude", declarou o general Ali Mohsen al-Ahmar, comandante da 1.ª Divisão Blindada do Exército iemenita.Alguns tanques e blindados sob o seu comando ocuparam a praça central de Sanaa ocupada pelos manifestantes há mais de um mês, perto da universidade da capital iemenita. Na sexta-feira, franco-atiradores à paisana mataram 52 pessoas que protestavam no local - repressão considerada o motivo para a retirada de apoio que Saleh começou a enfrentar ontem."Esse foi um anúncio de vitória para a revolução do povo", disse o porta-voz da oposição, Mohammed al-Sabri, enquanto os manifestantes na praça ocupada comemoravam o apoio que obtiveram do general Al-Ahmar, que é da mesma tribo do presidente. O ministro da Defesa iemenita, Mohammed Nasser Ahmed, declarou na TV que as Forças Armadas permanecem leais ao presidente e oferecerão resistência a qualquer afronta à "legitimidade constitucional" e à "democracia". Mais de dez tanques e blindados de transporte de tropas da Guarda Republicana manobraram diante do palácio presidencial em Sanaa, segundo testemunhas.Um líder da oposição afirmou que negociações com Saleh para uma saída pacífica para a crise estão em andamento. Uma das opções seria a entrega do poder a um conselho militar até que eleições presidenciais e legislativas fossem realizadas. Segundo a fonte, isso a medida poderia ser adotada nas próximas 48 horas. / AP, REUTERS e AFP

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