14 de janeiro de 2010 | 08h17
"Foi assustador. Sentimos a terra tremer e, depois, o cenário que vimos era de destruição, uma catástrofe de grandes proporções", afirmou o chefe de imprensa do batalhão brasileiro, coronel Alan Sampaio Santos, por telefone, de Porto Príncipe.
Na base militar do Brasil na capital Porto Príncipe, foi preciso improvisar um hospital. Santos contou que haitianos feridos, alguns em estado grave, procuravam o quartel da missão de paz em busca de socorro logo após a tragédia. "O serviço de saúde que temos aqui no batalhão, para atender os militares, foi aberto para atender os haitianos que nos procuravam pedindo ajuda." Ao menos 50 civis haitianos foram atendidos no quartel brasileiro até a tarde de ontem.
"Nós estávamos trabalhando normalmente, quando de repente a terra começou a se mover", disse o sargento Joselito Cunha, que há sete meses deixou São Paulo para atuar na força de paz no Haiti. "Nas ruas, a gente vê muitos corpos." A plataforma principal dos militares brasileiros, batizada de Base General Bacellar, em homenagem ao oficial morto no Haiti em 2006, sofreu danos leves. Mas outras instalações ocupadas pelo Brasil foram seriamente danificadas pelos tremores.
Uma edificação que os capacetes-azuis do Brasil usavam como centro de operações em Cité Soleil, a maior favela do Haiti e o mais preocupante foco de violência na região de Porto Príncipe, teve de ser abandonada. "O prédio sofreu uma rachadura muito grande e, por isso, nosso efetivo em Cité Soleil foi transferido para outra base na região", disse o coronel Alan Sampaio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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