Militares sauditas vão ao mercado internacional de armas

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Por Agencia Estado
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Os militares da Arábia Saudita foram às compras no mercado de suprimentos militares com US$ 200 milhões no bolso, e do outro lado do balcão estão oito países - inclusive o Brasil -, fornecedores regulares das poderosas forças armadas a Riad. A lista de mercadorias envolve foguetes de vários tipos, bombas especializadas, munições de artilharia e suprimentos em geral, destinados a reforçar estoques para a eventualidade de um novo conflito entre o vizinho Iraque e a coalizão ocidental liderada pelos Estados Unidos. O produto brasileiro que interessa à Arábia Saudita é o conjunto de quatro diferentes foguetes com alcance de 9 a 100 quilômetros, utilizados pelo sistema de saturação Astros-II, da Avibrás Aeroespacial, de São José dos Campos. O Exército saudita usa dez baterias, cerca de 60 carretas lançadoras, desde meados dos anos 80. Um dos agentes do processo de aquisições, o economista e banqueiro Ibin bin Aziz, homem do segundo círculo da familia real saudita, esteve em São Paulo há um mês. Antes, passou por Bogotá, na Colômbia, e Santiago, no Chile. "As três cidades integram o circuito dos negócios do mercado de armas pesadas, não porque os países onde estão sejam grandes fabricantes, mas porque possuem sofisticadas rede financeiras de abrangência internacional", explica o intermediador francês Laurence Pasqua. O empresário considera que "da mesma forma como aconteceu em 1990, nos meses que antecederam a Guerra do Golfo, o Ministério da Defesa da Arábia fará agora encomendas estratégicas para garantir a plenitude de seus arsenais."

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